quarta-feira, 8 de maio de 2013

Delegado aponta empresário como suposto mandante da morte de Rocaro Cláudio Rodrigues é acusado pelo delegado Odorico Ribeiro de Mendonça Mesquita de contratar dois pistoleiros para executar o jornalista em Ponta Porã


O delegado Odorico Ribeiro de Mendonça Mesquita, de Ponta Porã, indiciou o empresário Claudio Rodrigues, “o Claudinho Meia Água”, como o suposto mandante da execução do jornalista Paulo Rocaro, em fevereiro do ano passado.
Durante coletiva à imprensa nesta terça-feira, o delegado explicou que o motivo do crime estaria relacionado a política local, do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda pela qual Rocaro era militante, assim como a esposa do mandante do crime.
Segundo o delegado, Claudinho teria contratado dois pistoleiros, funcionários dele, Hugo Stancati Ferreira da Silva e Luciano Rodrigues da Silva. A dupla, em uma motocicleta, teria disparado nove tiros de pistola 9mm contra o veículo do jornalista, que morreu ao dar entrada no hospital daquele município.
O PT de Ponta Porã na época, conforme o delegado, era dividido em duas correntes. Uma delas tentava emplacar a mulher de Claudinho, a Sudalene Machado, como candidata a prefeita pelo partido. Já a outra corrente tinha como preferência indicar o ex-prefeito Vagner Piantoni, sendo apoiado pelo jornalista Rocaro. Como havia dois nomes para a disputa interna, somente uma eleição no PT decidiria o representante do partido nas eleições.

Conforme o delegado, Paulo Rocaro teria se encontrado com Claudinho em uma padaria, no centro de Ponta Porã, onde teria manifestado que não haveria eleições internas no PT. Claudinho, por sua vez, rebateu, pedindo eleições internas.
Com o conflito armado entre eles, Paulo Rocaro, segundo o delegado, teria ainda retrucado ao mencionar que "contaria toda a ficha criminal do empresário, por meio de notícias, sobre a participação de Carlinhos em crime organizado na fronteira. A suposta ameaça, conforme relatou o delegado, teria provocado a ira de Claudinho, que teria mandado executar Rocaro.
Execução
O empresario Claudio Rodrigues teria procurado o pistoleiro paraguaio Lorenzo Espinola, para executar o jornalista, porém o convite foi recusado. Dessa forma Claudinho teria recorrido aos seus funcionários: Hugo, que é foragido da justiça por tráfico de drogas, e Luciano.
Um dia antes do crime, segundo o delegado, os pistoleiros passaram a seguir o jornalista, que na época mantinha várias reuniões políticas em sua residência e em outros lugares com objetivo de impor a candidatura de Vagner Piantoni como candidato único do PT a prefeito de Ponta Porã.
Já no dia 12 de fevereiro, dia do crime, ocorreu nova reunião, desta vez na casa de Vagner Piantoni. Rocaro esteve presente e ao sair do local, por volta das 23h30 foi interceptado pelos pistoleiros.
Desfecho
O desfecho da investigação ocorreu após o delegado ouvir várias testemunhas. Conversas gravadas por Claudinho foram "pontos-chave" para desvendar que o empresário seria o mandante do crime. Segundo delegado, o empresário tinha o costume de gravar as conversações. O equipamento foi apreendido.
Interceptações telefônicas entre Claudinho e os pistoleiros também foram realizadas. Conversas revelam, segundo o delegado, Claudinho supostamente ordenando os pistoleiros a sair da cidade para não serem presos.
Hugo e Luciano mudaram, dessa forma, para Pedro Juan Caballero, e se tornaram comerciantes na cidade paraguaia, onde abriram uma sorveteria. Nova ligação de Claudinho, segundo o delegado, revela o empresário pedindo para os pistoleiros deixarem Pedro Juan, diante das investigações da polícia.
O empresário Claudio Rodrigues e os dois pistoleiros se encontram foragidos da justiça e nos próximos dias será pedido o mandado de prisão internacional contra os três via Interpol, já que segundo informações estariam fora do país.


fonte:douradosnews

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